10. Cratera da Batalha de Messines
Esta fotografia foi
feita durante a Batalha de Messines, que ocorreu em Flandres, na França, no
início de junho de 1917. A batalha durou uma semana, com mais de 25.000 mortos
confirmados e 10.000 desaparecidos. A cratera colossal foi criada no primeiro
dia da batalha pelo Segundo Exército Britânico, que detonou 19 minas em 19
segundos, além de usar artilharia pesada. Cinco outras minas permaneceram sem
detonar, e uma sexta foi detonada durante uma tempestade em 1955. Mais de
10.000 soldados alemães morreram na explosão, que se diz ter sido ouvida de
Londres a Dublin. O ataque foi a maior explosão planejada da história militar
na época, e criou um território muito perigoso mesmo para os britânicos – a
superlotação na borda do grande buraco resultou na morte de cerca de 7.000 de
seus soldados. Muitas das crateras criadas durante a Batalha de Messines ainda
podem ser vistas em fazendas francesas, e algumas foram transformadas em
piscinas.
9. A loja de próteses para soldados
21 Milhões de homens
ficaram feridos durante a Primeira Guerra Mundial, e muitos voltaram com lesões
faciais incapacitantes. Embora a cirurgia plástica estivesse avançando mais
rápido do que nunca na época, muitos soldados passaram a usar rostos protéticos
para esconder as cicatrizes que não puderam ser removidas. Depois de trabalhar
com soldados feridos na Cruz Vermelha, Anna Coleman Ladd, nascida em Boston
(EUA), montou uma loja em Paris, que se tornou incrivelmente popular. Ela
vendia próteses feitas à mão a partir de cobre e aplicadas ao rosto do paciente
de maneira que se misturassem com a pele tão perfeitamente quanto possível.
Anna produziu mais de 220 máscaras protéticas até 1918. O espaço da loja era o
mais alegre possível para combater o trauma que os pacientes já haviam passado
na guerra, com um jardim coberto de hera e decorado com estátuas, quartos
cheios de flores e bandeiras por todos os lados. Os soldados recebiam
chocolates, vinho e dominó para passar o tempo enquanto estavam na loja. Anna
estabeleceu padrões revolucionários de cuidados para os feridos, diferente de
tudo que eles já tinham visto antes.
8. Tenente Norman Eric Wallace
Tenente Norman Eric
Wallace era um observador canadense durante a Primeira Guerra Mundial. Alistou-se
em 1915, e foi imediatamente enviado para a Europa. Dois anos depois, o avião
de Wallace caiu, e ele sofreu ferimentos faciais terríveis devido a
queimaduras. A cirurgia plástica feita para reconstruir o rosto de Wallace foi
revolucionária para a época. Enxertos de pele retirados de suas nádegas foram
usados para reparar cicatrizes, e pele do seu pescoço e queixo foi deslocada
para cobri-las. Os médicos também usaram pele de seu ombro para cobrir suas
bochechas e lábio superior. Ainda assim, Wallace usou um rosto protético.
Apesar de todos os problemas que passou, o soldado se apaixonou durante sua
permanência no hospital e se casou em 1920. Tragicamente, sua esposa morreu de
câncer apenas alguns dias antes de seu primeiro aniversário de casamento. Wallace
continuou sua carreira militar e acabou promovido a major. Ele viveu até o
final de 1974, quando sucumbiu ao câncer de pulmão. Passou a maior parte de sua
vida sozinho em hotéis e chalés em Llangammarch Wells, uma aldeia isolada no
País de Gales, onde era muito querido pelos moradores.
7. Destruição da Batalha de Verdun
A Batalha de Verdun,
que ocorreu perto da cidade de mesmo nome, durou pouco menos de 11 meses. A
imagem mostra o efeito do bombardeio militar na cidade, que foi abandonada. A
destruição foi causada por táticas questionáveis de guerra usadas por ambos os
lados, com a intenção de acabar com o maior número de recursos e matar tantas
pessoas quanto possível, para desgastar o inimigo. Estima-se que mais de um
milhão de homens morreram durante a Batalha de Verdun, mas esta imagem mostra
claramente o efeito que ela teve sobre as vidas dos civis apanhados no
conflito. O ataque representou um golpe duro para os franceses, já que Verdun
tinha sido um próspero centro comercial de importância histórica para eles.
6. Munição de um dia de guerra
A forma de luta
utilizada na Grande Guerra nunca tinha sido vista em uma escala tão grande. Um
exemplo é a Batalha de Verdun, mencionada acima. Apenas no primeiro dia da
batalha, forças alemãs usaram 1.200 armas de artilharia, 2,5 milhões projéteis,
e 1.300 trens de munição para atacar seus inimigos. O fornecimento diário de
todo esse aparato pesava até 25.000 toneladas. No geral, 14 milhões de
projéteis foram disparados em toda a batalha. A imagem mostra uma pilha de
cápsulas, os invólucros dos projéteis, utilizados durante o curso de um único
dia na guerra. Isso ilustra quantos homens foram mortos e feridos durante o
conflito. Uma das razões para tantas baixas foi o uso da técnica de barragem,
tática idealizada por Sir Henry Horne pela primeira vez na Batalha de Somme, em
1916. Esta estratégia envolvia disparar fogo lentamente em frente ao avanço das
tropas. Era uma tática perigosa, porque se o disparo ocorresse em um momento
errado, poderia facilmente matar os próprios soldados em vez do inimigo.
5. Renas usadas pela
Rússia
Em 1914, a Rússia era
uma força aliada, que ajudava os britânicos a combater a Alemanha. Esta
fotografia de um soldado britânico puxando um trenó de abastecimento com uma
rena ilustra como, apesar de avanços maciços em tecnologia, muitas das táticas
usadas na Primeira Guerra Mundial ainda eram arcaicas e, provavelmente,
resultaram em mais mortes do que impediram. A Rússia não foi o único país que
usou métodos ultrapassados; mesmo os revolucionários industriais britânicos
usaram por um bom tempo cavalos, que não ajudavam em nada contra as
metralhadoras da Alemanha. Pelo contrário, só aumentavam o número de mortos, em
todas as espécies. A aparição da cavalaria dos britânicos foi durante a Batalha
do Somme, em 1916, dois anos após a guerra começar. A introdução do tanque no
final daquele ano finalmente acabou com a
exploração dos pobres animais.
4. As chocantes imagens de Walter
Kleinfeldt
Esta imagem é uma das
fotografias mais marcantes da Primeira Guerra. Ela foi feita com uma câmera
Contessa por Walter Kleinfeldt, na época com 16 anos, que havia se juntado à
guerra um ano antes. Quando voltou para a Alemanha, Walter abriu uma loja para exibir
suas fotos, mas esta, tirada durante a Batalha do Somme, não foi descoberta até
quase 100 anos mais tarde, pelo filho do fotógrafo. O contraste entre o soldado
morto e o crucifixo é impressionante. Em um documentário da BBC sobre a coleção
a partir da qual a imagem vem, o filho de Walter argumenta que a fotografia é
“uma acusação contra a guerra”. Outras fotos de Walter incluem uma de corpos
espalhados e uma de um médico alemão consolando um soldado em seus últimos
momentos. Kleinfeldt também captou o cotidiano dos soldados quando eles estavam
longe do campo de batalha, se lavando em rios ou vagando ao redor de cidades
alemãs.
3. O mundial em Guerra Mundial
Embora pareça óbvio, o
fato de que o conflito foi uma verdadeira guerra a nível mundial é muitas vezes
pouco lembrado. Esta fotografia impressionante feita por Albert Kahn, um
banqueiro milionário que passou o início do século 20 capturando as culturas dos
países em todo o mundo em notáveis imagens a cores para o seu livro “Os
Arquivos do Planeta”, mostra um grupo de franceses da Cavalaria Colonial
Francesa, do Quarto Regimento de Sipahis, provavelmente proveniente de
Marrocos. O uso de tropas coloniais era particularmente forte na França,
provavelmente devido à sua pequena população. No momento em que a guerra
começou, a Europa tinha conquistado terras na maioria do resto do mundo. A
Índia ofereceu o maior número de homens – 1,5 milhão de soldados – para a guerra,
enquanto Nova Zelândia, Canadá, África do Sul e Austrália contribuíram com mais
milhões para os militares britânicos. Os franceses contavam com o apoio dos
africanos ocidentais, da Indochina e dos malgaxes. O resultado foi uma guerra
que tocou mais cantos do mundo do que qualquer outra antes.
2. Campanha de Galípoli
Esta fotografia comovente
mostra um soldado australiano carregando um companheiro ferido em Suvla Bay, na tentativa de levá-lo a um médico. A Campanha de
Galípoli foi uma das primeiras grandes perdas para
o exército australiano. O principal objetivo da campanha era capturar
Constantinopla do Império Otomano, mas falhou. É estimado que quase meio milhão
de homens morreram na empreitada. A brutalidade da batalha é retratada em uma
das músicas mais famosas da Austrália, “And the Band Played Waltzing Matilda”,
de Eric Bogle. O significado da campanha para a história australiana é talvez
melhor resumido pelo primeiro-ministro na época, William Hughes, que disse que
o país “nasceu nas margens de Galípoli”. Ainda hoje, apesar do fato de que os
australianos sofreram perdas piores na frente ocidental em um espaço de sete
semanas do que fizeram ao longo de oito meses em Galípoli, a batalha ainda é
lembrada com muito mais entusiasmo do que qualquer outra da Primeira Guerra
Mundial no país.
1. Pirâmides da vitória (e da morte)
A pirâmide nesta foto
é uma de duas surpreendentes estruturas construídas em Nova York, nos EUA,
elevando-se sobre ambas as extremidades do “Caminho da Vitória”, perto da Grand
Central Station, em 1918. Cada pirâmide, composta de 12.000 capacetes alemães, representava
milhares de soldados capturados ou mortos, bem como a derrota do inimigo.
Supostamente, os capacetes seriam dados para aqueles que investiram na guerra,
mas seu paradeiro hoje é desconhecido. Embora guardar “souvenirs” de batalhas
possa parecer bizarro ou até mesmo errado para nós hoje, o ato era comum
durante o século 20. Por exemplo, um australiano trouxe para casa a cabeça
mumificada de um soldado turco que tinha matado em Galípoli.
Fonte: (http://hypescience.com/10-imagens-impressionantes-da-primeira-guerra-mundial/)
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