quarta-feira, 18 de fevereiro de 2015

Cronologia da guerra

Slide de imagens


Entenda a 1ª Guerra Mundial em 20 fotos da época

Nos anos que antecederam a 1ª Guerra Mundial, a Europa vivia um clima de rivalidade entre as grandes potências, que disputavam colônias na África e na Ásia, além de territórios dentro do próprio continente.
Em um período chamado de "paz armada" (1871-1914), esses países protagonizaram uma corrida armamentista que aumentava a tensão nas relações internacionais. O continente era um barril de pólvora e bastava uma faísca para que explodisse. O estopim foi um crime político.
Primeira Guerra Mundial: Trabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)Trabalhadores em uma fábrica de bombas na Inglaterra (Foto: Flickr/IWM Collections)
O estopim















O fato que culminou na 1ª Guerra Mundial foi o assassinato do arquiduque Francisco Ferdinando, príncipe herdeiro do Império Austro-Húngaro, e de sua mulher, Sofia. Eles foram vítimas de um atentado durante visita a Sarajevo – ato com importante conteúdo político, pois buscava demonstrar o domínio austríaco sobre a região. 
O crime aconteceu em 28 de junho de 1914. O autor dos disparos foi Gavrilo Princip, estudante sérvio-bósnio ligado a uma organização nacionalista. Um mês depois, em 28 de julho, o Império Austro-Húngaro declarou guerra à Sérvia, dando início ao confronto.
Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)Francisco Ferdinando e sua mulher, Sofia, deixam a Prefeitura de Sarajevo, em 28 de junho de 1914 (Foto: Reuters/JU Muzej Sarajevo)
Foto não datada mostra o arquiduque Francisco Ferdinando, em primeiro plano, e sua mulher, Sofia, ao fundo, mortos após o atentado a tiros que tirou a vida do casal em Sarajevo (Foto: AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)Foto não datada do velório do arquiduque Francisco Ferdinando e de sua mulher, Sofia, mortos em um atentado a tiros em Sarajevo (Foto: AP/Arquivo Histórico de Sarajevo)
O terrorista sérvio Gavrilo Princip, à direita, é preso momentos após matar a tiros Francisco Ferdinando, em Sarajevo (Foto: AP)Prisão de Gavrilo Princip, à direita sem chapéu, momentos após matar o arquiduque (Foto: AP)
Efeito cascata
Diante da declaração de guerra dos austríacos, os russos se mobilizam para ajudar os sérvios, seus "irmãos" eslavos dos Bálcãs. No dia 3 de agosto de 1914, a Alemanha, aliada dos austríacos, declara guerra à França. O exército alemão avança rumo à França.
Por causa da política de alianças, em pouco tempo praticamente toda a Europa está envolvida no conflito. De um lado estavam os países da Tríplice Aliança (Alemanha, Itália e Império Austro-Húngaro) e, do outro, a Tríplice Entente (Reino Unido, França e Rússia).
Em maio de 1915, a Itália, que pertencia à Tríplice Aliança (mas até então estava neutra), declara guerra ao Império Austro-Húngaro e muda de lado, indo a combate do lado da Entente, em troca da promessa de receber territórios.
Apesar de ser um conflito essencialmente europeu, a guerra envolveu os Estados Unidos e o Japão, e as colônias das potências da Europa também foram campos de batalha.
Em outubro de 1917, o Brasil declarou guerra à Alemanha pela mesma razão dos Estados Unidos: meses antes, navios mercantes brasileiros haviam sido afundados por submarinos alemães. Sua participação, porém, foi pequena e teve poucos reflexos na guerra.
Primeira Guerra: Celebração em Berlim da declaração de guerra (Foto: Flickr/The Library of Congress)População celebra em Berlim declaração de guerra (Foto: Flickr/The Library of Congress)
Fronteiras e trincheiras
A primeira fase da guerra foi marcada pela Batalha de Fronteiras. O exército alemão tentava chegar a Paris pelos limites da França com a Alemanha e a Bélgica – até então um país neutro.
Após vencer a resistência das forças belgas, os alemães conseguiram entrar em território francês pela fronteira do país. Em apenas um dia, 22 de agosto de 1914, 27.000 soldados franceses foram mortos, na mais importante perda para as tropas do país. Uma das principais caraterísticas dos confrontos foi o uso de trincheiras – frentes estáticas escondidas em valas cavadas no chão, protegidas por arame farpado.
Primeira Guerra Mundial: soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National Archives)Soldados alemães defendem trincheira na fronteira com a Bélgica (Foto: U.S National Archives)
Primera Guerra Mundial: Soldados franceses recolhem corpo em cidade da Bélgica (Foto: Flickr/The Library of Congress)Soldados franceses recolhem ferido em cidade da Bélgica, em 1914 (Foto: Flickr/The Library of Congress)
Soldados fezem reparo em trincheira após ataque a bomba. (Foto: Flickr/U.S National Archives)Soldados fazem reparo em trincheira após ataque a bomba (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Imagem aérea feita de um avião britânico mostra trincheiras cavadas no Fronte Ocidental, em junho de 1917 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Imagem aérea feita de um avião britânico mostra trincheiras cavadas na Frente Ocidental, em junho de 1917 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Batalhas devastadoras

Foi em território francês que se travaram as principais batalhas da guerra. As mais devastadoras foram as de Verdun e Somme. A primeira durou de fevereiro a dezembro de 1916. O exército francês empenhou todos seus esforços para conter as investidas alemãs no nordeste do país. A batalha terminou com mais de 700.000 baixas.
A segunda começou em julho de 1916 e durou cerca de cinco meses. Os exércitos da França e da Grã-Bretanha investiram contra a linha de defesa alemã na região do Rio Somme, mas não tiveram êxito. Foi o conflito mais letal da guerra, com 1,2 milhão de vítimas – entre mortos e feridos de ambos os lados.
Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Tropas britânicas avançam durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Soldados observam disparos da artilharia durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Soldados observam disparos da artilharia durante a Batalha do Somme, em 1916 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Batalhas do Marne
As duas batalhas ocorridas na região do Rio Marne, no leste de Paris, foram decisivas. A primeira, em setembro de 1914, foi a contraofensiva franco-britânica que conteve o avanço das tropas alemãs – que já haviam ocupado parte da Bélgica, invadido a França e se encontravam a menos de 40 km da capital francesa. O general que comandava as tropas recrutou todos os táxis de Paris para levar cerca de 4.000 homens ao fronte.
Dois anos depois, já com os Estados Unidos lutando na guerra no lado da França e da Grã-Bretanha, houve a segunda batalha do Marne, que marcou o início do recuo geral das forças alemãs. Em julho de 1918, com a ajuda dos americanos, os exércitos aliados conseguiram barrar o avanço do exército alemão, em um conflito que causou centenas de milhares de baixas em ambos os lados.
Primeira Guerra Mundial: Tropas francesas nas ruínas de uma catedral perto do Rio Marne em ataque contra os alemães (Foto: Flickr/U.S National Archives)Tropas francesas nas ruínas de uma catedral perto do Rio Marne em ataque contra os alemães (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Primeira Guerra Mundial: Munição alemã abandonada na Batalha do Marne  (Foto: Flickr/The Library of Congress)Munição das tropas alemãs abandonada na Batalha do Marne (Foto: Flickr/The Library of Congress)
EUA desequilibram
A entrada dos Estados Unidos na guerra foi determinante para o desfecho do conflito. O país decidiu declarar guerra à Alemanha, em abril de 1917, após ter navios mercantes naufragados ao serem atingidos por submarinos alemães no norte do Oceano Atlântico e também no Mediterrâneo – o que afetava profundamente seus interesses comerciais.
Foi ao lado dos americanos que os países da Entente conseguiram reagir de forma mais efetiva contra as investidas do exército alemão.
Primeira Guerra Mundial: foto de grupo de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto: Flickr/U.S National Archives)Foto de soldados americanos em material de publicidade de recrutamento (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Artilharia pesada
A corrida armamentista que precedeu a 1ª Guerra resultou no rápido desenvolvimento da indústria bélica das grandes potências. Durante o confronto, os países usaram armas com poder destrutivo jamais visto na época.
Das baionetas, os exércitos passaram às metralhadoras, frotas de encouraçados, submarinos, tanques de guerra, lança-chamas e gases tóxicos. Os aviões, que antes serviam apenas para observação, começaram a ser usados em bombardeios.
Primeira Gurra Mundial: Exército francês faz disparo com canhão.  (Foto: U.S National Archives)Exército francês faz disparo com imenso canhão de guerra (Foto: Flickr/U.S National Archives)
Primeira Guerra Mundial: capelão faz sermão do cockpit de um avião de guerra (Foto: Flickr/National Library of Scotland)Capelão faz sermão do cockpit de um avião de guerra (Foto: Flickr/National Library of Scotland)
Guerra química
Em 22 de abril de 1915, a Alemanha fez o primeiro grande ataque com uso de gás tóxico, que devastou as linhas inimigas na Bélgica. Os exércitos começaram a usar máscaras para se protegerem dos gases, entre eles o lacrimogêneo e o mostarda.
Soldados americanos posam com máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)Soldados americanos posam com máscaras de gás no Laboratório de Desenvolvimento Químico na Filadélfia, nos EUA, em 1919 (Foto: Reuters/Archive of Modern Conflict London)
Genocídio armênio
O Império Turco-Otomano, aliado dos alemães, entrou no conflito no final de 1914. Sua derrota fragmentou ainda mais o já fragilizado império, que acabou sendo dissolvido em 1923, quando foi proclamada a República da Turquia.
Foi durante a 1ª Guerra que começou o genocídio armênio pela mão dos turcos, em abril de 1915. Os homens eram levados para o fronte, onde eram mortos enquanto cavavam trincheiras. Crianças, idosos e mulheres eram tirados de suas casas para "caravanas da morte", onde sucumbiam ao frio, à fome e às doenças. Os armênios afirmam que o número de mortos chegou a 1,5 milhão.
Primeira Guerra: Ossada de armênios queimados vivos por soldados turcos em 1915. (Foto: Acervo/The Armenian Genocide Museum-Institute)Ossada de armênios queimados vivos por soldados turcos em 1915 (Foto: Acervo/The Armenian Genocide Museum-Institute)
Revolta e revolução
No contexto da 1ª Guerra começou a Revolta Árabe contra o Império Turco-Otomano, em 1916, com o apoio da Grã-Bretanha. O movimento abriria caminho para uma nação árabe independente.
Em novembro do ano seguinte, oito meses após o czar Nicolau II abdicar, começa a Revolução Russa. Em dezembro, o país assina o armistício com a Alemanha e sai da 1ª Guerra. 
Revolução Russa: Soldados fazem demonstração em São Petesburgo em fevereiro de 1917 (Foto: Wikimedia Commons)Soldados fazem demonstração em São Petersburgo em fevereiro de 1917 (Foto: Wikimedia Commons)
Armistícios
Após a Entente começar a dominar as batalhas, o Império Turco-Otomano assina o armistício em outubro de 1918. Em novembro foi a vez do Império Austro-Húngaro, seguido pela Alemanha – que assinou o cessar-fogo em 11 de novembro de 1918, dois dias após o Kaiser Guilherme II abdicar e ser proclamada a República na Alemanha. Após quatro anos, a guerra terminava com 10 milhões de mortos e 20 milhões de feridos.
Estima-se que a 1ª Guerra mobilizou mais de 70 milhões de soldados dos cinco continentes e gerou custos da ordem de 180 bilhões de dólares. O conflito teve ainda 6 milhões de prisioneiros e 10 milhões de refugiados.
Em junho de 1919, é assinado o Tratado de Versalhes, que impôs as condições de paz – as mais duras para a Alemanha. O país perdeu todas as suas colônias, foi desarmado, teve parte de seu território ocupado militarmente e ainda precisou pagar uma pesada indenização pelos custos da guerra.
Tropas marcham em Londre após fim da Primeira Guerra, em 1918 (Foto: Flickr/National Library NZ)Tropas marcham em Londres após assinatura de armistício que deu fim à guerra, em 1918 (Foto: Flickr/National Library NZ)

Fonte: (http://g1.globo.com/mundo/noticia/2014/07/entenda-1-guerra-mundial-em-20-fotos-da-epoca.html)

Cartazes da propaganda da Primeira Guerra Mundial

É cada vez mais difícil convencer jovens a se alistarem em exércitos (principalmente em países onde o alistamento não é obrigatório). Ultimamente, o apelo que se usa tem sido muito mais a uma vida de aventuras do que um real chamado ao lado humanitário e patriótico que o exército sempre almejou.
No passado, num mundo muito mais ingénuo e crédulo, a propaganda fazia esse papel, incitando rapazes ao alistamento, e a sociedade a comprar selos de guerra e se mobilizar contra um inimigo.

Esses cartazes da Primeira Guerra Mundial mostram o início dessa conduta, que ganhou seu ápice durante a Segunda guerra. São peças muito bem desenhadas, que mostram soldados heróicos, felizes de ir para a guerra, ridicularizam os inimigos e mostram à sociedade os perigos que as nações inimigas representavam. Veja abaixo:


Trabalhando pela Vitória!

O famosíssimo Uncle Sam


Note o maquinista na mesma posição que o soldado


Cartaz da Cruz Vermelha


Monstro alemão toma o mundo

Previna isso!

Uma vez alemão, sempre um alemão

Não é um poster do King Kong

A versão britânica do Tio Sam

Um soldado feliz em ir pra guerra

Poses heróicas

Note que ele está magoado, mas orgulhoso

Fonte: (http://www.propositto.com.br/wordpress/2010/11/13-cartazes-de-propaganda-da-primeira-guerra-mundial/)

10 imagens impressionantes da Primeira Guerra Mundial

10. Cratera da Batalha de Messines


Esta fotografia foi feita durante a Batalha de Messines, que ocorreu em Flandres, na França, no início de junho de 1917. A batalha durou uma semana, com mais de 25.000 mortos confirmados e 10.000 desaparecidos. A cratera colossal foi criada no primeiro dia da batalha pelo Segundo Exército Britânico, que detonou 19 minas em 19 segundos, além de usar artilharia pesada. Cinco outras minas permaneceram sem detonar, e uma sexta foi detonada durante uma tempestade em 1955. Mais de 10.000 soldados alemães morreram na explosão, que se diz ter sido ouvida de Londres a Dublin. O ataque foi a maior explosão planejada da história militar na época, e criou um território muito perigoso mesmo para os britânicos – a superlotação na borda do grande buraco resultou na morte de cerca de 7.000 de seus soldados. Muitas das crateras criadas durante a Batalha de Messines ainda podem ser vistas em fazendas francesas, e algumas foram transformadas em piscinas.

9. A loja de próteses para soldados


21 Milhões de homens ficaram feridos durante a Primeira Guerra Mundial, e muitos voltaram com lesões faciais incapacitantes. Embora a cirurgia plástica estivesse avançando mais rápido do que nunca na época, muitos soldados passaram a usar rostos protéticos para esconder as cicatrizes que não puderam ser removidas. Depois de trabalhar com soldados feridos na Cruz Vermelha, Anna Coleman Ladd, nascida em Boston (EUA), montou uma loja em Paris, que se tornou incrivelmente popular. Ela vendia próteses feitas à mão a partir de cobre e aplicadas ao rosto do paciente de maneira que se misturassem com a pele tão perfeitamente quanto possível. Anna produziu mais de 220 máscaras protéticas até 1918. O espaço da loja era o mais alegre possível para combater o trauma que os pacientes já haviam passado na guerra, com um jardim coberto de hera e decorado com estátuas, quartos cheios de flores e bandeiras por todos os lados. Os soldados recebiam chocolates, vinho e dominó para passar o tempo enquanto estavam na loja. Anna estabeleceu padrões revolucionários de cuidados para os feridos, diferente de tudo que eles já tinham visto antes.

8. Tenente Norman Eric Wallace


Tenente Norman Eric Wallace era um observador canadense durante a Primeira Guerra Mundial. Alistou-se em 1915, e foi imediatamente enviado para a Europa. Dois anos depois, o avião de Wallace caiu, e ele sofreu ferimentos faciais terríveis devido a queimaduras. A cirurgia plástica feita para reconstruir o rosto de Wallace foi revolucionária para a época. Enxertos de pele retirados de suas nádegas foram usados para reparar cicatrizes, e pele do seu pescoço e queixo foi deslocada para cobri-las. Os médicos também usaram pele de seu ombro para cobrir suas bochechas e lábio superior. Ainda assim, Wallace usou um rosto protético. Apesar de todos os problemas que passou, o soldado se apaixonou durante sua permanência no hospital e se casou em 1920. Tragicamente, sua esposa morreu de câncer apenas alguns dias antes de seu primeiro aniversário de casamento. Wallace continuou sua carreira militar e acabou promovido a major. Ele viveu até o final de 1974, quando sucumbiu ao câncer de pulmão. Passou a maior parte de sua vida sozinho em hotéis e chalés em Llangammarch Wells, uma aldeia isolada no País de Gales, onde era muito querido pelos moradores.

7. Destruição da Batalha de Verdun


A Batalha de Verdun, que ocorreu perto da cidade de mesmo nome, durou pouco menos de 11 meses. A imagem mostra o efeito do bombardeio militar na cidade, que foi abandonada. A destruição foi causada por táticas questionáveis de guerra usadas por ambos os lados, com a intenção de acabar com o maior número de recursos e matar tantas pessoas quanto possível, para desgastar o inimigo. Estima-se que mais de um milhão de homens morreram durante a Batalha de Verdun, mas esta imagem mostra claramente o efeito que ela teve sobre as vidas dos civis apanhados no conflito. O ataque representou um golpe duro para os franceses, já que Verdun tinha sido um próspero centro comercial de importância histórica para eles.

6. Munição de um dia de guerra
A forma de luta utilizada na Grande Guerra nunca tinha sido vista em uma escala tão grande. Um exemplo é a Batalha de Verdun, mencionada acima. Apenas no primeiro dia da batalha, forças alemãs usaram 1.200 armas de artilharia, 2,5 milhões projéteis, e 1.300 trens de munição para atacar seus inimigos. O fornecimento diário de todo esse aparato pesava até 25.000 toneladas. No geral, 14 milhões de projéteis foram disparados em toda a batalha. A imagem mostra uma pilha de cápsulas, os invólucros dos projéteis, utilizados durante o curso de um único dia na guerra. Isso ilustra quantos homens foram mortos e feridos durante o conflito. Uma das razões para tantas baixas foi o uso da técnica de barragem, tática idealizada por Sir Henry Horne pela primeira vez na Batalha de Somme, em 1916. Esta estratégia envolvia disparar fogo lentamente em frente ao avanço das tropas. Era uma tática perigosa, porque se o disparo ocorresse em um momento errado, poderia facilmente matar os próprios soldados em vez do inimigo.

5. Renas usadas pela Rússia



Em 1914, a Rússia era uma força aliada, que ajudava os britânicos a combater a Alemanha. Esta fotografia de um soldado britânico puxando um trenó de abastecimento com uma rena ilustra como, apesar de avanços maciços em tecnologia, muitas das táticas usadas na Primeira Guerra Mundial ainda eram arcaicas e, provavelmente, resultaram em mais mortes do que impediram. A Rússia não foi o único país que usou métodos ultrapassados; mesmo os revolucionários industriais britânicos usaram por um bom tempo cavalos, que não ajudavam em nada contra as metralhadoras da Alemanha. Pelo contrário, só aumentavam o número de mortos, em todas as espécies. A aparição da cavalaria dos britânicos foi durante a Batalha do Somme, em 1916, dois anos após a guerra começar. A introdução do tanque no final daquele ano finalmente acabou com a exploração dos pobres animais.

4. As chocantes imagens de Walter Kleinfeldt


Esta imagem é uma das fotografias mais marcantes da Primeira Guerra. Ela foi feita com uma câmera Contessa por Walter Kleinfeldt, na época com 16 anos, que havia se juntado à guerra um ano antes. Quando voltou para a Alemanha, Walter abriu uma loja para exibir suas fotos, mas esta, tirada durante a Batalha do Somme, não foi descoberta até quase 100 anos mais tarde, pelo filho do fotógrafo. O contraste entre o soldado morto e o crucifixo é impressionante. Em um documentário da BBC sobre a coleção a partir da qual a imagem vem, o filho de Walter argumenta que a fotografia é “uma acusação contra a guerra”. Outras fotos de Walter incluem uma de corpos espalhados e uma de um médico alemão consolando um soldado em seus últimos momentos. Kleinfeldt também captou o cotidiano dos soldados quando eles estavam longe do campo de batalha, se lavando em rios ou vagando ao redor de cidades alemãs.
3. O mundial em Guerra Mundial

Embora pareça óbvio, o fato de que o conflito foi uma verdadeira guerra a nível mundial é muitas vezes pouco lembrado. Esta fotografia impressionante feita por Albert Kahn, um banqueiro milionário que passou o início do século 20 capturando as culturas dos países em todo o mundo em notáveis imagens a cores para o seu livro “Os Arquivos do Planeta”, mostra um grupo de franceses da Cavalaria Colonial Francesa, do Quarto Regimento de Sipahis, provavelmente proveniente de Marrocos. O uso de tropas coloniais era particularmente forte na França, provavelmente devido à sua pequena população. No momento em que a guerra começou, a Europa tinha conquistado terras na maioria do resto do mundo. A Índia ofereceu o maior número de homens – 1,5 milhão de soldados – para a guerra, enquanto Nova Zelândia, Canadá, África do Sul e Austrália contribuíram com mais milhões para os militares britânicos. Os franceses contavam com o apoio dos africanos ocidentais, da Indochina e dos malgaxes. O resultado foi uma guerra que tocou mais cantos do mundo do que qualquer outra antes.

2. Campanha de Galípoli


Esta fotografia comovente mostra um soldado australiano carregando um companheiro ferido em Suvla Bay, na tentativa de levá-lo a um médico. A Campanha de Galípoli foi uma das primeiras grandes perdas para o exército australiano. O principal objetivo da campanha era capturar Constantinopla do Império Otomano, mas falhou. É estimado que quase meio milhão de homens morreram na empreitada. A brutalidade da batalha é retratada em uma das músicas mais famosas da Austrália, “And the Band Played Waltzing Matilda”, de Eric Bogle. O significado da campanha para a história australiana é talvez melhor resumido pelo primeiro-ministro na época, William Hughes, que disse que o país “nasceu nas margens de Galípoli”. Ainda hoje, apesar do fato de que os australianos sofreram perdas piores na frente ocidental em um espaço de sete semanas do que fizeram ao longo de oito meses em Galípoli, a batalha ainda é lembrada com muito mais entusiasmo do que qualquer outra da Primeira Guerra Mundial no país.

1. Pirâmides da vitória (e da morte)



A pirâmide nesta foto é uma de duas surpreendentes estruturas construídas em Nova York, nos EUA, elevando-se sobre ambas as extremidades do “Caminho da Vitória”, perto da Grand Central Station, em 1918. Cada pirâmide, composta de 12.000 capacetes alemães, representava milhares de soldados capturados ou mortos, bem como a derrota do inimigo. Supostamente, os capacetes seriam dados para aqueles que investiram na guerra, mas seu paradeiro hoje é desconhecido. Embora guardar “souvenirs” de batalhas possa parecer bizarro ou até mesmo errado para nós hoje, o ato era comum durante o século 20. Por exemplo, um australiano trouxe para casa a cabeça mumificada de um soldado turco que tinha matado em Galípoli.

Fonte: (http://hypescience.com/10-imagens-impressionantes-da-primeira-guerra-mundial/)

Papoilas cerâmicas na Torre de Londres


Apelos políticos para se manter as papoilas cerâmicas
A instalação na Torre de Londres, para celebrar o centenário da 1ª Guerra Mundial, tornou-se muito popular
As 888 245 papoilas de cerâmica, dispostas na Torre de Londres, serão removidas a 12 de novembro, como planeado. O anúncio foi feito pela Historic Royal Palaces, nesta quinta-feira, apesar dos apelos políticos para se prolongar o prazo da instalação.
 
Boris Johnson, o mayor de Londres, afirmou que queria saber se seria possível manter a instalação de papoilas durante mais tempo do que o originalmente planificado.
 
«O campo de papoilas na Torre é um local único e comovente na lembrança deste centenário. A sua popularidade cresceu rapidamente, estendendo-se a uma atração mundial. Estou disposto a explorar se conseguimos manter a exposição durante mais tempo, para dar ao máximo número de pessoas a possibilidade de vislumbrarem algo tão incrível» Boris Johnson

   «Está a criar algo muito profundo nas pessoas, que se querem ligar à nossa história. Querem traçar a história das suas famílias até este grande ato de autossacrifício nacional. Estas papoilas cerâmicas simbolizam isso», afirmou Nick Clegg, que se juntou à reivindicação de Johnson, num telefonema à LBC.
 
Um porta-voz disse que o mayor estava em negociações com a agência que gere a Torre de Londres, Historic Royal Palaces, sobre a extensão da exposição por mais uma semana. Mas a agência disse que sempre foi sua intenção começar a enviar as papoilas, vendidas para caridade, aos seus novos donos depois do Dia do Armistício.
 
«Estabeleceu-se que as papoilas ficariam até dia 11 de novembro e depois disso seriam limpas e enviadas às pessoas que as compraram», afirmou um porta-voz da agência à BBC.
 
Steven Robbins lançou uma
petição oficial para tentar convencer o governo a manter a instalação por mais 12 meses. Segundo o Huffington Post, se a petição atingir 100 mil assinaturas será elegível para ser debatida na Câmara dos Comuns.
 
No Parlamento, o primeiro-ministro David Cameron, disse que o número de pessoas que foram ver a instalação de papoilas era «verdadeiramente extraordinário» e algo de que o «país se pode orgulhar».
 
Estima-se que mais de quatro milhões de pessoas tenham visitado a instalação, onde encontraram 888 245 papoilas de cerâmica, uma por cada britânico que morreu durante a Primeira Guerra Mundial.
 
Um rio de sangue
A instalação «Blood Swept Lands and Seas of Red», ao redor da Torre de Londres, assinala o centenário do envolvimento britânico na I Guerra Mundial e é uma homenagem aos soldados que perderam a vida. Foi inaugurada a 4 de agosto e a 888.246ª papoila será plantada a 11 de novembro, dia em que terminou o conflito.
 
O artista plástico Paul Cummins e o designer Tom Piper são os seus criadores. O título da obra, que traduzido à letra significa Campos Ensanguentados e Mares de Vermelho, inspira-se num poema, «In The Flanders Fields», da autoria de um soldado, John McCrae.
 
Muitos voluntários participaram na homenagem, incluindo os príncipes Harry e Kate. Também a rainha Isabel II e o príncipe Philip visitaram a instalação.
 
É possível comprar uma destas papoilas comemorativas por 31 euros (25 libras) e o valor reverterá para instituições de caridade. A Royal British Legion disse que espera que a venda das papoilas ultrapasse os 12 milhões de euros (15 milhões de libras). 


Fonte: (http://www.tvi24.iol.pt/internacional/londres/apelos-politicos-para-se-manter-as-papoilas-ceramicas)